Saúde define estratégias de combate à influenza A/H1N1 em Goiás
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) confirmou, nessa semana, cinco casos de influenza A/H1N1, sendo um em Acreúna, e os outros quatro em Rio Verde, com a morte de uma adolescente de 17 anos. “Desde que recebemos esse alerta, estamos trabalhando com os municípios para dar assistência aos doentes e evitar novos casos”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Maria Cecília Brito. Nessa semana, a SES-GO recebeu a informação de 20 novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em oito municípios goianos. Uma das causas da SRAG é o vírus da influenza. A SES, portanto, investiga agora se esses casos de SRAG estão relacionados à influenza. Os casos aconteceram nos municípios de Rio Verde (12 casos), Catalão (dois casos), Acreúna (um caso), Quirinópolis (um caso), Cachoeira Alta (um caso), Goiânia (um caso), Aparecida de Goiânia (um caso) e Santa Helena (um caso). Os exames laboratoriais confirmaram que a SRAG foi causada por influenza A/H1N1 em quatro pacientes de Rio Verde e em um paciente de Acreúna. Nos outros casos, ainda são aguardadas os resultados dos exames. Maria Cecília explica que, nos casos de influenza, o protocolo do Ministério da Saúde recomenda a realização de exames apenas em pacientes graves, que estão internados. A superintendente afirma que o vírus influenza A/H1N1 está circulando no Brasil e a orientação é para que quem apresentar sintomas como febre alta de início repentino, acompanhada por tosse, dor de garganta, dores musculares, dor de cabeça e mal estar intenso, procure um posto de saúde. O médico avaliará o caso, de acordo com o protocolo de tratamento da gripe recomendado pelo Ministério da Saúde, podendo prescrever de imediato o Tamiflu. “Esse é o procedimento padrão orientado pela Organização Mundial da Saúde”, diz. Nesse domingo, 27/03, representantes da Saúde estadual, municipal de Rio Verde, da Agricultura e da Agência Goiana de Agropecuária (Agrodefesa) participaram de videoconferência para traçar estratégias de enfrentamento da doença. O núcleo de vigilância epidemiológica de Rio Verde organizou a vacinação de profissionais da saúde e de grupos prioritários (crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes; puérperas; população privada de liberdade; e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais). A SES alerta que a vacinação da população de Rio Verde é uma estratégia diferenciada e não uma antecipação da campanha 2016. Deverão se vacinar somente pessoas dos grupos prioritários que ainda não tomaram a dose da vacina em 2015. “Pessoas que fazem parte desses grupos devem tomar a vacina, novamente, na campanha de 2016, que acontecerá de 20 de abril a 30 de maio. O intervalo entre as duas vacinas deve ser de no mínimo um mês”, esclarece Maria Cecília.
Providências A SES enviou para Rio Verde medicamentos específicos para o tratamento da doença (Tamiflu). O Hospital de Urgências da Região Sudoeste (Hurso) disponibilizou leitos de isolamento para internação e UTI, caso seja necessário. O Lacen-GO recrutou técnicos para a realização de exames coletados e foi criado um acesso regional geograficamente para mapear os casos suspeitos, notificados e confirmados de H1N1. Também serão realizadas capacitações de médicos para identificação de sintomas e prescrição de tratamentos adequados aos pacientes. A Agrodefesa visitou propriedades de Rio Verde e descartou o contagio de influenza A em suínos. “Vamos continuar monitorando os animais a fim de identificar qualquer problema”, afirma o presidente da Agrodefesa, Arthur Toledo.
Números A SES recebe a notificação compulsória da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que é um quadro clínico caracterizado pela presença da síndrome gripal associada a pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas: dispneia, desconforto respiratório, piora nas condições clínicas das doenças de base e pressão baixa. Essa síndrome é causada por diversos agentes, entre eles, o vírus da influenza, e dentre esses, o H1N1. No ano de 2015, Goiás notificou 328 casos de SRAG, sendo 64 óbitos. Dos 37 casos de SRAG por influenza, 12 foram encerrados como influenza B, com 3 óbitos; 23 casos como influenza A/H3N2, com 7 óbitos; um como Influenza A não subtipado, com 1 óbito; um de H1N1, com 1 óbito. Em 2016, em Goiás, foram notificados 21 casos de SRAG, sendo um caso causado por Influenza B, que resultou em um óbito, em paciente que apresentava fator de risco, residente em Pontalina. Nesses números, não estão contabilizados os identificados no mês de março.
Orientações Como medidas de precaução recomenda-se à população evitar aglomerações de pessoas, reforçar as medidas de higiene pessoal como a lavagem das mãos, e na impossibilidade, o uso de álcool 70%; usar lenços descartáveis ao tossir ou espirrar; e manter ambientes limpos e arejados. E não automedicar-se, pois isso pode mascarar os sinais e sintomas da doença. “Todo paciente com gripe deverá retornar imediatamente ao serviço de saúde caso apresente falta de ar ou dificuldade para respirar, febre por mais de três dias ou piora no seu estado de saúde”, orienta Maria Cecília.
Fonte: Comunicação Setorial / Secretaria da Saúde do Estado de Goiás
Fone: (62) 3201-3784 / 3201-3816 / 3201-3811