Profissionais de saúde denunciam a falta de materiais e equipamentos de proteção

Profissionais de saúde destacados para acompanhar casos suspeitos do coronavírus estão lidando com falta de materiais e de equipamentos de proteção individual. A denúncia é do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), que afirma ter recebido diversas denúncias desde esta quarta-feira (18). A presidente da entidade, Franscine Leão, afirmou que os relatos vem de várias regiões do estado, em especial do entorno do Distrito Federal (DF) e dos Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma (Siate), responsáveis pelo transporte do paciente. “A maior dificuldade é a máscara. Mas temos recebido denúncias também de álcool em gel, gorro, capote e papel para secar as mãos. Eu mesma sou plantonista de pronto-socorro. Se eu não tivesse levado uma máscara de casa, teria ficado sem”, disse a presidente. Os profissionais identificaram que casos de virose respiratória tem aumentado no estado. De acordo o sindicato, alguns pacientes graves tem sido atendidos. “Algum tipo de influenza deve estar circulando. E no caso do coronavírus, sabemos que uma pessoa contaminada pode infectar entre duas e quatro pessoas”, ressaltou Franscine. A presidente alerta ainda para o fato de que, se os profissionais de saúde adoecerem, o sistema como um todo será sobrecarregado. “Os profissionais são os mais expostos. Na Europa a maior mortalidade tem sido de trabalhadores da saúde, e nós nossa paramentação está muito aquém da utilizada nos países desenvolvidos”, alertou. Os sindicatos dos profissionais de saúde irão se reunir para produzir uma nota com o objetivo de oficiar todas as autoridades responsáveis. “As autoridades tem que se posicionar em defesa dos profissionais. Estamos orientando que ninguém se exponha ao risco. Isso é um verdadeiro. Fico muito triste de estar vivendo isso”, concluiu a presidente.
Por: Artur Dias
Do Mais Goiás